domingo, 1 de agosto de 2010

Vida









"Há um encanto na vida,
Que nos coloca a um centímetro de distância do chão,
Que faz a alma chegar na superfície e quase transbordar pelos poros.
Mas não transborda por ser inteiro.
Cabe em si."

quarta-feira, 28 de julho de 2010

E gostar de alguém é quando a gente gosta de ver o mundo pelos olhos do outro...

Cotidianos...

15:41 no Centro de Saúde.
Auxiliar de enfermagem para a enfermeira:
- Fulana, chegou uma mãe, você pode orientar?
- Orientar o que?
- Fazer as orientações alimentares.
- Essa hora? (Olhei para o relógio: 15:42. O expediente acaba as 18h) Isso não é mais hora não. A gente tem que começar a educar esse povo a chegar na hora!

Desconfio que essa mãe não recebeu as orientações as quais tinha direito, e que tinha ido ao CS buscar... 

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Nascer em Brasília não rende assunto

Hoje fui ao Setor Comercial, participar de uma pesquisa. Acabei conhecendo uma pessoa muito agradável... Que coisa, o mundo tá cheio delas.
Acabei a entrevista, e no elevador pensei que já estava fora da minha rotina mesmo, inclusive geográfica, vou aproveitar para resolver coisas que sempre ficam por último na lista e nunca recebem um ´ok´. Na portaria perguntei pra uma moça que tava sentada lá se tinha restaurante perto. Ela tava com uma cara emburrada, só apontou "Tem aquele, e aquele ali". "Mas você já comeu nesses lugares? A comida é boa?", eu perguntei. Aí ela olhou pra mim sorrindo. "Vai naquele ali, é bem bomzinho". Achei engraçado, hoje não estou com preguiça das pessoas.
Quase passei batido do restaurante, pensando na vida. Servi. Sentei. Comecei a comer. Estava cheio o restaurante. Aproximou um senhor e perguntou "Se incomoda se eu sentar na sua mesa?". "Imagina. Fique à vontade". Não estava com preguiça, mas não não estava eufórica. De repente ele pergunta "Você nasceu aonde?". Achei tão engraçada a pergunta, ninguém pergunta isso. Quer dizer, essa nunca é a primeira pergunta. Respondi com um ar de que era óbvio, e estranho ao mesmo tempo "Aqui em Brasília". Acabou o assunto. É! Acabou, hehe. Achei que se perguntasse onde ele tinha nascido ficaria mais entranho ainda. E ele não falou mais nada. Silêncio completo. Não no restaurante, mas entre nós. Continuei comendo. Insatisfeito ele perguntou "E seus pais, são de onde". "Meu pai do Piauí, e minha mãe do Maranhão". "Maranhão? É mesmo? Eu sou do Maranhão!". Contou triunfante, pois havia encontrado um assunto. Daí começou a contar a história dele... Ouvi atenta, mas um pouco desinteressada. Daí ele pergunta "Você trabalha aqui no Setor comercial?". "Não. Estava apenas em uma reunião". "Ah! Então não mora aqui? Está em algum hotel por aqui?". Mas que coisa! Não posso ter nascido e morar em Brasília? Qual o problema será? "Não. Moro em Brasília mesmo. Trabalho no Gama. Estava apenas em uma reunião". "Já casou?". Hehe... que coisa! "Não. não casei, rs". "Muito jovem ainda, né?" "É. Não pretendo me casar agora". Terminei de comer. Pedi licença. "Mas já? Está cedo". "Preciso ir". "Foi um prazer". "Igualmente".
Levantei, paguei a conta e saí. No caminho de volta fiquei pensando... será que se meus pais fossem de Brasília ele perguntaria de onde eram os meus avós só para encontrar um assunto?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Amores

Conhece um amor, assim, entre a amizade e a vontade de casar? É. Um amor assim... mais que só amizade. Aquela amizade ´oi, tudo bem? como foi o dia? ah! nossa, que legal. parabéns pelo mestrado´. Mas não é amor para casar. Não é desse que a gente acha que naquela vida só tem você e o outro, que vão envelhecer juntos, ter filhos, pagar as contas, viajar, tomar decisões sobre a casa. É de outro amor que estou falando... É um amor que sabe que o mundo existe, e gira, e acontece muitas coisas. É um amor que permite vários amores. Não muitos, por ser demais especial. Mas também não é egoísta pra ser só um. É de querer viajar junto também, não para ficar em dois, mas para cair no mundo! É um amor que conforta no olhar, naquela escostadinha da cabeça no ombro, naquela mensagem no celular exatamente na hora que precisava, naquele cafezinho sem preguiça, do olho cheio d´água por vários motivos, bons e ruins. Com certeza existem muitas formas de amar, entre a amizade e a vontade de casar. E só sei disso porque vivo... deliciosamente... esse amor. E percebi que esse amor faz bem. Faz crescer, ser melhor, desejar ser melhor, querer cuidar, ver bem. Faz ficar preocupado, e sentir um aperto no peito por saber que está sofrendo. Faz dar gargalhada, mesmo sentindo dor, só porque cada encontro depois da aula, do trabalho, no final de semana, é uma oportunidade incrível de fazer viver. Sentir viver. Entre um extremo e outro, a amizade e a vontade de casar, há tanto para sentir.

sábado, 10 de abril de 2010

"A tristeza é mais fácil, pois é uma rendição".
Este nunca foi o caminho que me atraiu, o mais fácil. Não que a tristeza não estivesse presente de vez em quando, mas logo eu tratava de procurar o mais difícil.
Às vezes é bom ficar sozinha... Dançar, sozinha, com a mão pro alto. Tem algo em nós que só sozinha... Ouvir assim, o silêncio entre uma batida e outra do coração; sentir aquele intervalo do sangue corrento nas veias. Não é sozinha de tudo. É sozinha, mas com a companhia daquela boca, daquele olhar, daquele sorriso. E aí a gente brilha. Brilha e ferve, como numa roda de samba.
E aquela risada... Ah! Aquela risada. E aquela palavra... Ilumina um caminho.
E assim vou indo. Dançando por aí, com a mão pro alto.
Com vontade da gente.

quinta-feira, 18 de março de 2010

A insustentável leveza do ser

"Vivera acorrentado a Tereza durante sete anos - ela havia seguido com o olhar todos os seus passos. Era como carregar bolas de ferro amarradas nos calcanhares. No momento, subitamente, seu passo estava mais leve. Quase voava. Estava no espaço mágico de Parmênides: saboreava a dece leveza do ser."

terça-feira, 9 de março de 2010

A insustentável leveza do ser

"Torturava-se com recriminação, mas terminou por se convencer de que era no fundo normal que não soubesse o que queria: nunca se pode saber aquilo que se deve querer, pois só se tem uma vida e não se pode nem compará-la com as vidas anteriores nem corrigi-la nas vidas posteriores".
M. Kundera

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Presente da Tati

"Sejamos Realistas, peçamos o impossível!" (Muros de Paris, maio/68)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Habitam em mim muitas mulheres...


Uma delas é Isaar.
Isaar é Pernambucana. Nasceu no Recife, ou em Olinda, não sabe ao certo. Por um acaso dessa vida mora em outro lugar... Mas sempre que volta à sua terra lembra que está viva. E bem viva.

Isaar é daquelas pessoas que tem a alma na superfície da pele, grande, transbordante, quase saindo pelos poros. Ri alto. Adora sair com os amigos. Ou sair sozinha e encontrar por aí amigos. Velhos e novos amigos.
Tem sotaque forte.
É filha de Oxum.
Seu coração bate mais forte ao som do afoxé, macaratu...
Festeja sempre cada momento.
Diz sempre que ama a quem ama.
Isaar é negra, de uma negritude estonteante. Forte, guerreira, independente.
E assim como Caliandra, gosta de meninos e meninas.

A insustentável leveza do ser

"A presença física de Sabina contava muito menos do que pensava. O que contava era o traço dourado, o traço mágico que ela havia imprimido em sua vida e que ninguém poderia tirar. Antes de desaparecer no horizonte, teve tempo de entregar-lhe nas mãos a vassoura de Hércules com a qual ele varrera de sua vida tudo aquilo de que não gostava. Essa felicidade súbita, esse bem-estar, essa alegria, que lhe proporcionavam a liberdade e a vida nova, tudo isso era um presente que ela lhe havia oferecido".
M. Kundera

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: - Nem fo....den...do!

FIM!!!
(Luís Fernando Veríssimo)

Conto de fadas para mulheres do séc. 21


Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu: NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER..
FIM!!!

(Luís Fernando Veríssimo)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Salve o teu carnaval!




Elefante
Almir Rouche
Composição: Clídio Nigro / Clóvis Vieira
Ao som dos clarins de Momo
O povo aclama com todo ardor
O Elefante exaltando a suas tradições
E também seu esplendor
Olinda esse meu canto
Foi inspirado em teu louvor
Entre confetes e serpentinas
Venho te oferecer
Com alegria o meu amor
Olinda! Quero cantar a ti esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração, de amor a sonhar
Em Olinda sem igual
Salve o teu Carnaval!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Mancada!


"Adelyany, telefone."

"Alô?"

"Senhora Adelyany?"

"Sim, sou eu."

"Aqui é das Casas Bahia, e estamos ligando pra confirmar se a senhora conhece a Ivy"

Pausa. Casas Bahia? Ivy? Oxe...

"Da onde?"

"Das Casas Bahia! A senhora conhece alguma Ivy?"

"Conheço sim..."

"E a senhora sabe dizer onde ela mora, onde ela trabalha... ?"

Caracas... Hehe...

"Olha, onde ela mora? Na verdade conheço a família dela... Não sei dizer exatamente em que quadra ela mora, mas sei que é na Asa Sul"

"Na Asa Norte, né? 216 Norte?"

"Isso! É, Asa Norte. É que como falei conheço a família dela, sei que moram de aluguel, e não sabia onde entava morando no momento."

"Ah sim. E a senhora sabe dizer onde ela trabalha?"

Putz! Sei lá...

"Então, é... então..." (Quase falando Embrapa...)

"Na Câmara, né?"

"Isso, é. Verdade. Na Câmara."

"Tá, então a senhora conhece ela, né? Era só pra saber se a senhora a conhecia."

"Conheço sim, a Ivy Timo Leite, né?"

"Ivy Timo Rocha, né?"

"Ah, sim, hehehe... Isso mesmo."

"Obrigada. Boa tarde."

"Por nada. Tchau."



E fiquei na dúvida... Será que a Lana conseguiu fazer as compras dela....? Hehehehe

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Simplicidade


Eu queria querer menos... Querer menos que tudo fosse sempre mais.

Querer menos que as pessoas fossem mais inteligentes,

Querer menos que os profissionais fossem mais competentes,

Querer menos que as coisas fossem mais baratas,

Querer menos que o mundo fosse mais justo,

Querer menos querer dormir mais.

De repente eu ia perceber que é querendo menos que a vida fica mais simples.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Aniversário


Melhor presente....
Massagem da mamãe antes de dormir!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010


"E o amor....

Era pouco e se acabou!"